A Escola Técnica Estadual “João Baptista de Lima Figueiredo”, popularmente conhecida como ELETRÔ, teve sua origem no Projeto de Lei nº 816, de 5 de agosto de 1960 – projeto apresentado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelo deputado José Costa atendendo a uma solicitação feita pelos Professores Dr. José de Figueiredo Ferraz de Siqueira e Carlos Alberto Paladini ao presidente da Assembleia, Dr. Roberto Costa de Abreu Sodré. O referido Projeto de Lei foi aprovado em redação final em 12 de dezembro de 1962, e posteriormente sancionado pelo governador do Estado de São Paulo, Dr. Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto, através da Lei nº 7.652, de 27 de dezembro de 1962.

No trabalho de construção, instalação e funcionamento da Escola, que durou oito anos de luta perseverante, cumpre-nos colocar em evidência o desempenho realizado pelo Professor Luiz Gonzaga Ferreira e também pelo Dr. Lucas Nogueira Garcez junto aos órgãos superiores do Ministério da Educação e Cultura. Assim o Colégio foi criado com amparo em um “convênio” firmado entre o Ministério da Educação e Cultura, o Governo do Estado de São Paulo, a Companhia Hidroelétrica do Rio Pardo (C.H.E.R.P.) e a Prefeitura Municipal de Mococa, cuja assinatura do ocorreu no Palácio do Governo do Estado, no dia 1º de outubro de 1966, em cerimônia presidida pelo governador do Estado, Dr. Laudo Natel.

Início da construção da ETEC com a Cidade ao fundo

Dando sequência à série de providências no sentido de se efetivarem a instalação e funcionamento da Escola, o diretor do Ensino Industrial do Ministério da Educação e Cultura, Professor Jorge Alberto Furtado, nomeou através da portaria nº 230, de 30 de novembro de 1967, o Grupo Executivo de Obras do Colégio Técnico Industrial de Mococa, ao qual impunham-se, como seu primeiro trabalho, as providências necessárias a elaboração do projeto do Colégio para ser implantado em uma área de 37.160m2, área está colocada à disposição do Grupo Executivo de Obras por Francisco José Dias Lima, num gesto generoso, bem de seu feitio.

Com a oportuna interferência do Dr. Lucas Nogueira Garcez (na época presidente da C.E.S.P.), a elaboração do projeto do Colégio Técnico Industrial de Mococa, foi confiada ao renomado arquiteto Dr. Zenon Lotufo, com a supervisão técnica do conceituado engenheiro Dr. Nilo Andrade do Amaral.

Concluída a construção do Colégio, os trabalhos se voltaram para o desenvolvimento de todas as providências necessárias no sentido de receber a primeira turma de alunos. Atendendo essa finalidade e com fundamento no item 4 da cláusula XI do “convênio”, foram nomeados por decreto do Secretário da Educação os integrantes do primeiro Conselho Técnico Administrativo que ficou assim constituído: Carlos Alberto Paladini, representante da Diretoria do Ensino Industrial do Ministério da Educação e Cultura: Hortêncio Pereira da Silva, representante do Departamento do Ensino Técnico da Secretaria da Educação; João Trombini, representante das Centrais Elétricas de São Paulo (C.E.S.P.); José Figueiredo Ferraz de Siqueira, representante da Prefeitura Municipal de Mococa; Aparecido Benedito Quirino, representante da Federação das Indústrias de São Paulo; Vicente de Paula Cacheta Pinheiro e Miguel de Luna, especialistas do ensino industrial, indicados pela Secretaria da Educação. Constituído o Conselho, foi indicado e nomeado para exercer as funções de Diretor Executivo do Colégio o Professor Carlindo Paroli.

Coube ao Conselho a responsabilidade de realização de todos os atos necessários ao funcionamento do Colégio a partir da elaboração do seu Regimento, que encaminhado e analisado pelo Conselho Estadual de Educação foi aprovado pelo parecer nº 154. Diante da aprovação do Regimento a Secretaria de Educação autorizou o funcionamento do Colégio Técnico Industrial de Mococa pela resolução nº 44 de 24 de julho de 1970.

Tendo sido cumpridas pelo Conselho Técnico-Administrativo todas as exigências legais, administrativas e didático-pedagógicas – estruturando os diversos setores do Colégio – o início do ano letivo aconteceu no dia 10 de agosto de 1970 para uma turma do curso de Técnico em Eletrotécnica. A aula inaugural foi proferida pelo professor Dr. Lucas Nogueira Garcez, a quem o Colégio deve relevantes serviços. A partir do ano de 1977 o Colégio Técnico passou a oferecer também o curso de Eletrônica.

Em 1980, o Colégio deixou de trabalhar no sistema de convênio e foi incorporado ao Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza” (vinculado a U.N.E.S.P), com o nome de Escola Técnica Estadual “João Baptista de Lima Figueiredo” mantendo sua qualificação de “escola de primeira grandeza” no universo educacional do Estado de São Paulo.

Aula Inaugural

No início da década de 1990, devido ao crescimento da demanda por especialistas na área de informática, a Escola Técnica passou a oferecer também o curso de Técnico em Informática Industrial. A partir do ano de 1998, devido a promulgação da Lei 9394/96(Lei de Diretrizes e Bases da Educação), houve um desmembramento entre o Ensino Médio e a Educação Profissional, de forma que esta última passou a ser oferecida de forma concomitante ou seqüencial à primeira, porém, em ambos os casos com matrículas distintas.

A partir do início do século XXI, com o desenvolvimento acelerado das áreas tecnológicas, a Escola implantou um conjunto de novas habilitações técnicas, sendo estas por ordem de início das atividades: Telecomunicações(2001), Mecatrônica(2006), Informática para Internet(2007), Automação Industrial(2009), Gestão de Pequenas Empresas modalidade EAD(2010), Manutenção e Suporte em Informática(2010), Comércio modalidade EAD(2012), Eletroeletrônica(2021) e Eletromecânica(2021) . É importante destacar ainda, que desde o início do ano de 2011, e após pouco mais de uma década, a ETEC JBLF voltou a oferecer o chamado ensino integrado, modalidade está em que os conhecimentos da base nacional comum curricular e da formação profissionalizante são oferecidos através de matrícula única, e as aulas ocorrem em período integral, sendo que atualmente são oferecidos cursos integrados de Automação Industrial, Desenvolvimento de Sistemas, Eletrônica, Eletrotécnica e Mecatrônica. Assim, a comunidade da ETEC João Baptista de Lima Figueiredo sente-se honrada em constatar que ao longo de seus mais de 53 anos de história, contribuiu para o sucesso de milhares de jovens e adultos que aqui estudaram, sendo isto fruto do trabalho de dedicados homens e mulheres que trabalharam ao longo de todos estes anos para que esta importante ESCOLA chegasse aos dias atuais com a força e o vigor que alimenta e concretiza muitos sonhos em nossa cidade e região.